O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, revelou que países solicitaram a mudança da conferência de Belém devido aos altos preços dos hotéis. Diárias na capital paraense estão, segundo ele, até dez vezes mais caras do que o normal. Durante evento da UNFCCC, representantes de nações em desenvolvimento expressaram sua indignação sobre os custos excessivos, o que pode impactar a participação deles. A legislação brasileira não permite limitar os preços, deixando o diálogo com a rede hoteleira como a única alternativa. Uma nova reunião está agendada para discutir soluções para o evento.

No Rio de Janeiro, 20 bairros enfrentam falta de água devido a defeitos na rede de distribuição, com caminhões-pipa cobrando preços até dez vezes mais altos que o normal. Moradores enfrentam grandes transtornos, já que esses veículos não emitem nota fiscal, e as taxas abusivas alarmam a população. A Secretaria de Defesa do Consumidor abriu investigações para apurar as cobranças. A situação se agrava com um reparo emergencial que prolongou a escassez, preocupando especialmente os moradores de condomínios, que têm que buscar soluções emergenciais, recorrendo a fontes não convencionais para suprir as necessidades básicas diárias.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul autuou dezenas de estabelecimentos por práticas de preços abusivos durante a calamidade no estado. Mais de 700 denúncias foram recebidas nos últimos 15 dias, resultando na autuação de 65 comércios em Porto Alegre e região. Postos de gasolina, mercados, farmácias e revendas de água e gás foram os principais alvos, com destaque para a venda de galões de 20 litros de água por R$ 80. Dois funcionários foram presos durante as fiscalizações, e o MP continuará monitorando as denúncias recebidas.